Tuesday, December 19, 2006

It`s a outlier!

De uma consolada consoada, brado de mil consoantes mui sonantes após a cevada (parte II).

Se a par da azia, a cevada a digerir for muita, propomos um outro tema de consolação para a consoada: o prazer e a vida epicurista.

Numa versão renascentista, o epicurismo é definido pela crença de que o prazer não é só um objectivo válido, como também necessário e inspirador da vida diária - "Laetus in praesens", "Felicidade agora", é um dos lemas epicuristas a reter.

A filosofia de Epicuro não tem quase nada a ver com a noção "moderna" de epicurismo, aposta a estilos de vida extremistas, inconsequentes e superficiais. Epicuro descrevia o prazer como ataraxia, termo algumas vezes traduzido como tranquilidade ou paz de espírito, recomendando uma dieta simples de pão e vegetais, e defendia o cultivo da amizade como uma das actividades mais importantes da vida.

Para Epicuro, a amizade é uma necessidade fundamental da alma, o suporte da doutrina central de ataraxia, da "ausência de perturbação". Daí a importância de cada pessoa poder ter por perto, os seus "saltadores de valas inundadas".

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