O meu avô anda cada vez mais devagar.
Quando anda, parece que vê, em frente, a morte a acenar.
Com vagar miudinho, o meu avô sorri sempre que se senta.
Sentado, olha em frente. Parece sussurrar ao ouvido da morte que lhe acena:
- O teu escuro diz-me pouco. Gosto de sentir o fresco nos dedos dos pés.
Ainda é cedo. Escusas de ter pressa.
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