Acção cénica (barba rija).
Os homens de barba rija,
na dúbia condição
do seu corpo alienado
apresentam um esquálido interior
de relações efectivas
que se desenvolve pelas superfícies,
um diálogo em diáspora
com as redondezas do quotidiano
que reclama,
literato,
a recolha do orvalho
em livros alheios,
a interrogação a partir de dentro,
que sabe da necessidade
de um espelho,
um léxico simplificado,
o poder habitado,
uma governação particular
que rasura registos
de um rosto mal lavado,
bom dia,
uma noite
plácida madrugada
igual à maioria,
anões ao contrário
que idolatram
impurezas várias
em ângulo inusitado,
o uso de todas
as partes do corpo,
anúncio de uma revolução
em tempo médio
colocada no papel de higiene,
a realidade como hipótese,
a biografia como projecto,
barba rija
que se concentra na voz,
as células são conjecturas
que se afadigam,
pois sim,
surdas,
neutras,
constantes,
máquinas infinitas
de possíveis virtudes em desuso,
funcionários de boa vontade
no colapso da civilidade,
auxílio de pouca sorte
que torna os sistemas visíveis
em tardes
de cartão postal,
florestas de sonho,
a ruína latente
que desenhamos
é hoje,
velho ridículo
aposto a listas e diálogos,
homens em acção,
de barba rija,
pois sim.
Os homens de barba rija,
na dúbia condição
do seu corpo alienado
apresentam um esquálido interior
de relações efectivas
que se desenvolve pelas superfícies,
um diálogo em diáspora
com as redondezas do quotidiano
que reclama,
literato,
a recolha do orvalho
em livros alheios,
a interrogação a partir de dentro,
que sabe da necessidade
de um espelho,
um léxico simplificado,
o poder habitado,
uma governação particular
que rasura registos
de um rosto mal lavado,
bom dia,
uma noite
plácida madrugada
igual à maioria,
anões ao contrário
que idolatram
impurezas várias
em ângulo inusitado,
o uso de todas
as partes do corpo,
anúncio de uma revolução
em tempo médio
colocada no papel de higiene,
a realidade como hipótese,
a biografia como projecto,
barba rija
que se concentra na voz,
as células são conjecturas
que se afadigam,
pois sim,
surdas,
neutras,
constantes,
máquinas infinitas
de possíveis virtudes em desuso,
funcionários de boa vontade
no colapso da civilidade,
auxílio de pouca sorte
que torna os sistemas visíveis
em tardes
de cartão postal,
florestas de sonho,
a ruína latente
que desenhamos
é hoje,
velho ridículo
aposto a listas e diálogos,
homens em acção,
de barba rija,
pois sim.
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