Artwork by Tim Burton.
Fuga.
Sobre a realidade
que pulsa e
magoa,
hostil,
com enlevos e enganos,
existe na patologia do adulto
uma vontade de organizar
um caminho de fuga
da dor e do vazio
que a todos pertence,
uma encenação de uma alma grande,
que saiba sorrir sem rede,
face a fotografias
tépidas
dispostas entre flores
e mesas de fórmica,
revestimento nobre
que forja um ressentimento.
A fuga,
um caos sensível e domesticado,
em tardes comuns,
episódios de buscas pessoais
pastorais,
sobre uma realidade residente,
que se interroga e molesta,
na participação de um corpo dissidente,
respiração esparsa
em silêncios unânimes,
um pânico vago num caminho de fuga,
parêntesis
exclamado que agudiza,
talvez,
o que realmente importa.
Enfim:
há uma fuga que, como uma frase,
aparenta não ter um fim.
Fuga.
Sobre a realidade
que pulsa e
magoa,
hostil,
com enlevos e enganos,
existe na patologia do adulto
uma vontade de organizar
um caminho de fuga
da dor e do vazio
que a todos pertence,
uma encenação de uma alma grande,
que saiba sorrir sem rede,
face a fotografias
tépidas
dispostas entre flores
e mesas de fórmica,
revestimento nobre
que forja um ressentimento.
A fuga,
um caos sensível e domesticado,
em tardes comuns,
episódios de buscas pessoais
pastorais,
sobre uma realidade residente,
que se interroga e molesta,
na participação de um corpo dissidente,
respiração esparsa
em silêncios unânimes,
um pânico vago num caminho de fuga,
parêntesis
exclamado que agudiza,
talvez,
o que realmente importa.
Enfim:
há uma fuga que, como uma frase,
aparenta não ter um fim.

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