Pessimismo.
Da lógica totalitária e nihilista da vida mutilada própria do tempo que é o nosso, outra coisa não se pode (ou deve) esperar que não diferente (melhor?). O pessimismo surge, aqui, como inefável/incontornável postulado/performativo ético.
A interrupção do ritmo veloz e voraz do quotidiano, sem contemplações, emerge como possível panaceia. Antídoto mirífico, contudo. Habituamo-nos, com negligência, à desatenção no dia-a-dia, e ao seu apelo melancólico.
Há que reaver a lucidez, face à desmesura e à vertigem horizontal do vazio. Uma aragem libertária. Torpedear o devir da história. A passagem do tempo como escrito-dito, ordenado e não-decorativo, inócuo. Um vaivém veemente de palavras plenas. Amor que não carece, em definitivo, de explicações.
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