Uma urgência diáfana, pela pena abjeccionista de Cesariny:
"As bombas matam
porque sofrem duma espécie de doença incurável
que as faz ganhar saúde quando as largam no ar
uma vez expostas à lei da gravidade
e por ela arrastadas para o mundo humano
as bombas precisam de explodir
tal como uma criança precisa de urinar
até fazerem um lugar onde fiquem
que se não mova que seja
como um direito a isso
ao pé do deus adulto que lhes deu comida".
(Mário Cesariny, Urgente, s/d)
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