Ajuste directo.
No largo da câmara, pela manhã fresca,
entreluz o velho granito caritativo,
expoente de pequenos interesses quietistas.
Na janela, lá dentro, o dedo vereador em riste
ordena o avanço do cimento e das rendas.
Os olhos rendeiros praticam depois a manobra,
a moral esgarçada, declaram empenhos naturais:
chegaram primeiro ao artefacto,
de lâmpadas acesas nos dedos, na boca,
e um daqueles casacos
bons de ver nas fotografias.
O dedo vereador, de olhos rendeiros,
assinala depois o voto capaz,
dorso de todas as casas
que jazem ruínas hoje abertas na avenida.
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