No café central de penacova, todos conhecem o senhor rufino.
Como sempre disse, quando nasceu, o senhor rufino já tinha mais de trinta anos. Hoje, lamenta, não tem seguro, não tem dentes, tem os almoços dos combatentes do ultramar.
A mulher do senhor rufino morreu há cinco anos. Vive agora com uma senhora com que namora há doze.
Quando no café lhe perguntam se é verdade o que conta, o senhor rufino diz ter ideia que sim: que era um bom bailarino, que houve um tempo em que pensou ser canhoto, que dos números, se lembra de um dia lhe terem dito que havia uns que eram primos.
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