Who`s feeling young now.
Outrora as pessoas viam-se, podiam convencer que se adoravam beijando-se, intrépido era o furor de olhar, o que podia querer dizer que sim, que havia letra firme ainda por desvendar, à qual importava conceder atenção, para que fosse posta de pronto em prática.
Li isto há dias, e para não o esquecer, não o consigo deixar de dizer duas vezes ao dia, vindo algures de um escorreito Kjell Askildsen:
(...) há muito que não dizemos nada uns aos outros, não há nada a dizer (...) isto é apenas uma consequência da falta de sentido (...). Há muito tempo que não vemos um céu estrelado, mas isso não faz já qualquer diferença (...)
Na dúvida, rodeamo-nos de nós mesmos. Aos setenta e dois anos, depois do tempo dos heróis, mitificamos rotinas comuns, inventamos homens que nos amaram a carne, o tónus entre-folhos.
Definimos aí uma alegria sumária, poderá dizer-se assim o viço crédulo da juventude.
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