Wednesday, April 18, 2012

It`s a outlier!

Não há paisagens para sempre.


É um vento a ferida que julgava ter. Era-me uma casa comum, pretérito mais que perfeito, a tua saia suposta-autêntica entretanto-mitificada, fugiu como pôde, de varizes e collants, brutezas sussurradas, a tua saia que era boa para pensar somar transportar milho, a tua saia que era como ir a paris (não havia ainda a ryanair), a tua saia que tinha um fiel sentido de justiça - como declarei um dia, feito chão da tua ingénua eira.


Veio depois o moderno na sua balística irredutível, a tua saia perdeu a pose, ficou tolhida um dia qualquer. É agora toalha-sítio de jantar onde alguém faz migalhas um pouco além da tua curva estreita.

Depostas as migalhas na rua, fica uma sombra no chão como uma nódoa, e a tua saia na mesa ali depois continua, ilesa ao que nos falta.

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