Fadiga crónica.
Com o desaparecimento das grandes ficções ou narrativas ideológicas que sustentaram os tempos modernos, a emergência correlativa da mercadorização da experiência sensorial e a expansão dos mercados da alma, o indivíduo, entregue que está a si próprio, entrará crescentemente em colapso. O articulado é de Alain Ehrenberg. Subscrevemo-lo: gerir a economia do destino pessoal é uma tarefa de complexidade não despicienda; a sobrevivência à errância e ao paradoxo da estrutura da existência, um motivo de decepção e perplexidade acrescida. Viver todos os dias, nestes termos, cansará cada vez mais.
O ser humano é, em rigor, a única espécie com a capacidade de se projectar e perspectivar no futuro. Pelo constatado, tem valido de muito.
1 comment:
ler todo o blog, muito bom
Post a Comment