Ler para dentro.
Nos séculos XII e XIII, foi desenvolvida uma tecnologia radical,
entretanto tomada como garantida: a página.
entretanto tomada como garantida: a página.
Esta, até então concebida como um rolo que exigia o apoio de uma mesa,
passou a poder segurar-se com as mãos,
passou a poder segurar-se com as mãos,
uma mudança que teve consequências duradouras, imprevisíveis:
da leitura em voz alta e do seu entendimento sancionado
por um grupo, transitou-se para a leitura para si mesmo,
silenciosa, e o domínio da compreensão subjectiva, pessoal.
por um grupo, transitou-se para a leitura para si mesmo,
silenciosa, e o domínio da compreensão subjectiva, pessoal.
Ler para si, para dentro, carreou desenvolvimentos posteriores:
o índice, as aspas, o ponto final parágrafo.
o índice, as aspas, o ponto final parágrafo.
Contribuiu também para um outro desenvolvimento,
uma invenção até hoje determinante,
geradora de perplexidade e comoção:
uma invenção até hoje determinante,
geradora de perplexidade e comoção:
o indivíduo.
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