Paio.
ao meu lado, um homem pediu um papel. dobrou-o e com ele limpou-se, com destreza, entre-dentes.
esse papel dobrado destemido trouxe da expedição um recorte de fiambre da véspera.
o homem olhou o papel, o fiambre, e num canto do primeiro registou como quem se lembra: comprar paio. dobrou o papel, pagou, saiu, de fiambre, papel e discretas simpatias no bolso.
por vezes, como sabemos, é no papel que melhor se dão as ideias, as correcções.
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