Artwork: Tempo de Fantasmas (Fernando Lemos, 1951).Um amor preso na boca.
Não sei se
ainda te lembras do que me fizeste sorrir
de mãos ambas
dançando um tanto
que não sabia nítido
o pior que era no género
havia três anos
que o que tinha a fazer
côncavo e percorrido
feito estava
pelo que te digo
valemos o que valem as nossas palavras
pelo que te digo
digo que te amo
digo que te amo
Não sei se
ainda te lembras de quanto vale um amor
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