Vamos beber um café.
Tinha passado uma vaga de anos desde o momento em que havíamos participado convictos da mesma pele - "Então, há tanto tempo, o que fazes?". Sentei-me, baço, e procurei aparentar propósito e congruência - "Permaneço um tempo adiado, um corpo todo de portas". Percebia a pergunta, uma dificuldade, um débito de informação, para depois, por certo por razões de défice mineral, perceber que já nada do que tínhamos sonhado era agora presença possível. Observei com precisão a medida do meu fracasso, que tantas vezes redunda em café e inconsequência. Acabei por pedir a conta, que me dava a garantia de não pedir uma explicação.
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