Janela.
O que sou,
o que vejo,
se sinto medo
é pelo hábito
de ficar a ver
a vida que passa
na janela,
que me faz ver muros por dentro,
restringindo o vocabulário da identificação.
O rancor gradual
dos anos
que,
lentamente,
se apreende sob as camisas,
antes do seu ocaso
predicado
na duplicação
do azul concreto
do poente
é, talvez,
a antecipação de uma lápide,
isenta do que fica aquém
do que somos,
do que vemos,
um património
de quem se veste de preto
e se demora
em lençóis,
no uso associativo da palavra.
O que sou,
o que vejo,
se sinto medo
é pelo hábito
de ficar a ver
a vida que passa
na janela,
que me faz ver muros por dentro,
restringindo o vocabulário da identificação.
O rancor gradual
dos anos
que,
lentamente,
se apreende sob as camisas,
antes do seu ocaso
predicado
na duplicação
do azul concreto
do poente
é, talvez,
a antecipação de uma lápide,
isenta do que fica aquém
do que somos,
do que vemos,
um património
de quem se veste de preto
e se demora
em lençóis,
no uso associativo da palavra.
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