
A realidade é o que se quiser.
Admiramos à distância
a fecunda ausência
que excede o abater da terra,
e rasura o ênfase
da cor do tempo,
serôdia paixão
ainda por contabilizar
da população que por ela desespera.
Na ausência de alternativa,
vendemos o futuro,
a vontade de saber,
o corpo desaprendido de tudo,
o formigar do mundo
solto de metafísica,
a maravilha do muito pequeno,
grande transparente que se interrompe,
que é o universo,
em si,
no seu género,
uma comunidade de múltiplos
somos agora,
virgens
na volúpia,
o segredo íntimo
de cada ser,
presa fácil na
espuma alvitante
de mucosas,
humidade viscosa,
intestina,
não sabemos o que fazer destas lágrimas,
uma tragédia a ruminar em fundo,
na escadaria do propósito,
um universo justo que nos motiva
na sua inteira largueza.
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