Solipsismo à quarta-feira.
Quarta-feira,
maravilhoso conseguimento,
quarta-feira
eu vou ter
uma felicidade sem adjectivos,
a chorar,
no meio de maçãs caídas
quarta-feira,
ainda agora terça-feira,
um sol enfático
recebe os ecos do mundo
que se derrama da pele
quarta-feira,
eu vou ser,
desde logo,
o óbvio
que convive com o substantivo,
uma lápide sucinta
que descreve a história
do que poderia ter sido
quarta-feira,
eu vou ter
o que sou,
eu vou ler
o que tenho,
eu vou ser
o que assim for,
e tudo o que puder ver
à chegada de quinta-feira,
intensificar os sentimentos,
fundamentar a utilidade da vida,
será o que tiver de ser,
tratar do vazio até ao fim
quarta-feira,
eu vou ser
o nevoeiro,
as palavras em cativeiro,
electrões em êxtase
que aguardam
a qualificação
de tudo o que de novo
girar debaixo do Sol.
Quarta-feira,
maravilhoso conseguimento,
quarta-feira
eu vou ter
uma felicidade sem adjectivos,
a chorar,
no meio de maçãs caídas
quarta-feira,
ainda agora terça-feira,
um sol enfático
recebe os ecos do mundo
que se derrama da pele
quarta-feira,
eu vou ser,
desde logo,
o óbvio
que convive com o substantivo,
uma lápide sucinta
que descreve a história
do que poderia ter sido
quarta-feira,
eu vou ter
o que sou,
eu vou ler
o que tenho,
eu vou ser
o que assim for,
e tudo o que puder ver
à chegada de quinta-feira,
intensificar os sentimentos,
fundamentar a utilidade da vida,
será o que tiver de ser,
tratar do vazio até ao fim
quarta-feira,
eu vou ser
o nevoeiro,
as palavras em cativeiro,
electrões em êxtase
que aguardam
a qualificação
de tudo o que de novo
girar debaixo do Sol.
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