Todas as casas têm um quarto.
Lá dentro,
no quarto,
onde tudo deve ser
sacrossanta sugestão,
as vírgulas
dizem-nos que
o mundo não
se reduz
a uma frase forte,
e os dedos,
personagens numa
mesma situação,
encontram-se
em espanto,
perante o curto relato
do dia.
Lá dentro,
no quarto,
ali,
onde nos continuamos,
as portas são abertas
com vagar,
com os braços que se cruzam
e afugentam
o sobressalto,
tantas vezes legível
em vírgulas viscerais,
corpos de dano
e avisada melancolia.
No quarto,
temos tios,
pais e irmãos,
um, dois,
três vizinhos,
o Pedro da 4ª classe,
a Maria que nos deu a luz,
um instante agora
de alegria,
finita num
espaço aberto
e fechado,
um quarto,
um possível
convertido em acto,
contra heranças
e consensos
barrocos
que
assombram
a periferia da acção,
fluência furtiva
nas imediações do sítio certo,
um quarto,
imposta epifania.
Lá dentro,
no quarto,
onde tudo deve ser
sacrossanta sugestão,
as vírgulas
dizem-nos que
o mundo não
se reduz
a uma frase forte,
e os dedos,
personagens numa
mesma situação,
encontram-se
em espanto,
perante o curto relato
do dia.
Lá dentro,
no quarto,
ali,
onde nos continuamos,
as portas são abertas
com vagar,
com os braços que se cruzam
e afugentam
o sobressalto,
tantas vezes legível
em vírgulas viscerais,
corpos de dano
e avisada melancolia.
No quarto,
temos tios,
pais e irmãos,
um, dois,
três vizinhos,
o Pedro da 4ª classe,
a Maria que nos deu a luz,
um instante agora
de alegria,
finita num
espaço aberto
e fechado,
um quarto,
um possível
convertido em acto,
contra heranças
e consensos
barrocos
que
assombram
a periferia da acção,
fluência furtiva
nas imediações do sítio certo,
um quarto,
imposta epifania.
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