
Todos os que escrevem, já escreveram sobre o mar.
Mar:
como o funcionário
é um corpo de fastio
no horário de expediente,
és um volume que me transcende,
um istmo na consciência
urina que se dispende
por ocasião da maré baixa.
Por autores de versos
e rimas emparelhadas
que se auto-fotografam
em luta de egos
e paróquias insuladas,
és musa insuspeita,
um instrumento de confissão
mais glosado
do que és abstracção ubíqua,
auto-contemplação explanada,
um universo invencível
imutável
feito de prazer salgado.
Mar:
és Lexotan
da classe média,
ninfeta do verbo fácil,
um jardim-de-infância
massificado;
em voz baixa deves sussurar
um mundo constante
que expurga
e perdoa,
para gerar esta procura;
um universo inexplorado
que assim eleva, sem ditongo,
o isaltino betão
e
o preço
do metro quadrado.
Mar:
Lá,
algures
onde tudo é mais possível
gostava de te ter no meu bolso
com um agrafo
e uma centelha serôdia de luz.
Mar:
como o funcionário
é um corpo de fastio
no horário de expediente,
és um volume que me transcende,
um istmo na consciência
urina que se dispende
por ocasião da maré baixa.
Por autores de versos
e rimas emparelhadas
que se auto-fotografam
em luta de egos
e paróquias insuladas,
és musa insuspeita,
um instrumento de confissão
mais glosado
do que és abstracção ubíqua,
auto-contemplação explanada,
um universo invencível
imutável
feito de prazer salgado.
Mar:
és Lexotan
da classe média,
ninfeta do verbo fácil,
um jardim-de-infância
massificado;
em voz baixa deves sussurar
um mundo constante
que expurga
e perdoa,
para gerar esta procura;
um universo inexplorado
que assim eleva, sem ditongo,
o isaltino betão
e
o preço
do metro quadrado.
Mar:
Lá,
algures
onde tudo é mais possível
gostava de te ter no meu bolso
com um agrafo
e uma centelha serôdia de luz.
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