Amanhã falamos.
um dia,
quando dormia de boca aberta,
espreitei para ver
o que havia dentro dela.
esperava ver
um ramo,
um pombo,
pautas para assobio,
talvez mesmo
um pequeno cúmulo
de favores do vento.
ali,
num sulco depósito
escama vazia do destino,
vi alguém junto a um portão,
com um gancho no cabelo,
a puxar por um cordelinho.
não quis incomodar:
podia ser uma voz interior
a tentar falar com ela.
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