Um grande desígnio (XIII).
(ontem fomos muito devagarinho da costa nova à vagueira, comprar pêssegos e cerejas na banca da regina. é um pequeno segredo este trajecto. é lá que vou sempre que encontro a psicologia carente de alentejo e homens de tronco nú a pescar. enquanto recebia o troco, uma senhora referiu que havia por ali um menino que era mesmo como-a-ti. fez questão de chamar o menino, o tomás. o tomás apareceu, com oito anos, um umbigo, a comer muitas farturas. o tomás tem os olhos como os teus. azuis. e deve comer muitas farturas. disse à senhora, quase pedindo desculpa, que eras uma menina. a senhora olhou-me, olhou-nos, e perguntou se isso tinha algum jeito).
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