As coisas levam o homem a trocar a sua transcendência pela possibilidade concreta, abundante, de as ter.
Ter coisas supera deficiências, de currículo, de ânimo, de relação. As coisas proporcionam, temporária, uma sensação de fuga, povoam o inconsciente como possibilidade paliativa, razão de maravilhamento, de conformismo, de alienação.
É cada vez mais difícil resistir à necessidade de ter. Com as coisas parecemos estar sempre de acordo,
parecemos ter uma afinidade assinalável, original.
Apagamos, acendemos a luz - as coisas, o que temos como certo no regresso à vida, ainda ali estão.
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