Caminho.
De manhã, os miúdos da lousã vão a pé para a escola.
No caminho,
o entusiasmo precipita-os
para fora das estradas comuns.
Voam, de ramo em ramo, até acabar a árvore.
Vão depois ao continente,
pôr creme e perfume armani,
olhar as prateleiras de sumo
e vinho tinto.
No caminho,
aprendem as regras restritas da beleza,
a tradição particular da carência,
do sentimento.
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