Falar.
Porque falamos,
supomos que pensamos,
e quando pensamos,
deixamos de ouvir,
supondo que o mundo
estará diferente
quando deixarmos
de pensar.
Falamos, então,
um pouco mais,
mas as palavras nítidas
são já poucas -
alguém pensou,
entretanto,
e foi embora,
e deixou os cotovelos
esquecidos
em cima da mesa
de jantar.
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