O roberto leal adora fruta.
hotéis de coimbra
habitualmente
vagos povoados
regurgitam
senhoras de ouro
e chapéu
sentadas
descrevendo avec
um pouco de português
jantares de
outrora e
borrego recheado
a contento
providos que estão
da necessária comodidade,
imagino os seus volumes
e as suas plantas
nos seus vasos
como que podadas por cabeleireiros
e os corpos suados
entregues a um calão de diáspora,
num frémito insuspeito
soltando odores,
uns je t`aime
que vão acabar
como justificativo do investimento numa diária de época alta
à uma da manhã,
as senhoras de ouro
consumam
o seu amor de bairro -
às escuras -
num colchão alugado
vociferando cherie
e outras propriedades concretas
por fim, as unhas ainda com o verniz das sete e meia
comunicam de modo administrativo
a densidade sentida no largo da carroçaria.
os hotéis fecham entretanto
com os guardanapos já definidos
para o retemperador café matinal.
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