Caixa de texto.
Naquela esquina azul,
constatamos
que o alfabeto foi expurgado em caracteres,
e vemos os outros
mediante artefactos diversos,
divisas equívocas
que se arrumam em caixas,
um oráculo
na procura de futuro
que limita o apelo da sintaxe
na interpelação do olhar do outro.
Exclamamos
o sentido de utopia
perdido algures,
num canto do mundo,
à beira da estrada,
enquanto a vida se experimenta num écran,
letras-caracteres que digitam
o sonho de uma aparição,
a procura de um aplauso,
uma elíptica notícia de si
querer pisar o mesmo chão
num mesmo tempo,
sem caldos na prosa em trânsito,
carácter de vidas
que se confinam
em assépticos apertos de uma caixa
razão funda e simultânea,
de uma modernidade que
um dia,
me vai trazer,
sem eu requerer,
notícias de mim,
que eu próprio desconhecerei,
pois
fora de mim,
um signo dirá que sim
e assim
se irá contar uma vida.
Naquela esquina azul,
constatamos
que o alfabeto foi expurgado em caracteres,
e vemos os outros
mediante artefactos diversos,
divisas equívocas
que se arrumam em caixas,
um oráculo
na procura de futuro
que limita o apelo da sintaxe
na interpelação do olhar do outro.
Exclamamos
o sentido de utopia
perdido algures,
num canto do mundo,
à beira da estrada,
enquanto a vida se experimenta num écran,
letras-caracteres que digitam
o sonho de uma aparição,
a procura de um aplauso,
uma elíptica notícia de si
querer pisar o mesmo chão
num mesmo tempo,
sem caldos na prosa em trânsito,
carácter de vidas
que se confinam
em assépticos apertos de uma caixa
razão funda e simultânea,
de uma modernidade que
um dia,
me vai trazer,
sem eu requerer,
notícias de mim,
que eu próprio desconhecerei,
pois
fora de mim,
um signo dirá que sim
e assim
se irá contar uma vida.
1 comment:
sem perceber porquê, revi-me aqui
muito bonito!
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