Tuesday, December 01, 2009

Self-disclosure


A compreensão das nuvens (@30).

Tudo o que é
e acaba
jamais fica no
presente,
que sucede ao tempo
em que se fala,
céu plúmbeo de
flutuante relação com a prática.

Ter de aceitar o possível,
e agir com o que nos é dado,
é uma instituição particular,
privilégio de vigilantes
que procuram
compreender as nuvens,
em sussurros
de conhecimento vulnerável,
na ditadura do
circunstancial espontâneo,
volúvel chão
onde tudo se passa.

Um dia,
num passo de ressurreição,
o meio do mundo,
num percurso vulnerável,
o presente,
que nos foge
quando vem ao nosso encontro,
serão nuvens
que se compreendem,
contemplando o infinito.




Para os que fazem do silêncio
de uma educada revolta,
novo alento para se erguer de novo.

No comments: