Wednesday, August 16, 2006

Self-disclosure


Em tempos púberes, a ideia da América exerceu sobre o nosso imaginário um efeito assinalável. A ignorância e a imaturidade do chassis neuronal fomentavam o gosto. Hollywood fazia o resto.

O chassis neuronal evoluiu (em sentido incerto, há que reter). A experiência adensou-se. O gosto pueril esvaziou-se com a multiplicação da sinapse.

Mantemos, contudo, fascínio considerável por diáfanas parcelas da história norte-americana. Em particular, da sua produção cultural. O jazz, por exemplo - uma modalidade de expressão artística genuinamente norte-americana.

Existirá certamente uma solução no jazz norte-americano, para o recreio de alma de um comum mortal: do início da década de 1920, o dixieland jazz derivado de um caldo cultural formado pelos blues, pelo ragtime, e pela West African music. Como pioneiros, Louis Armstrong, Jelly Roll Morton e outros; as "big bands" de Duke Ellington, Fletcher Henderson, Benny Goodman, ou Count Basie.
Nos anos de 1930 e 1940, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, entre outras divas, integraram as big bands.
Após a 2ª Grande Guerra, a complexificação e a individualização da sonoridade jazzística: o "bebop" seminal de Charlie Parker ("Bird") e Dizzy Gillespie, posteriormente desenvolvido por Miles Davis, John Coltrane, Thelonius Monk e outros.
Desde então, multiplas variações de fusão e estilo estão ao dispôr da alma depenada: cool jazz, jazz fusion, e nu jazz são exemplos da variedade.

"America: land of the brave...".
Pelo menos, ao nível do jazz, o epíteto adquire particular sentido...

1 comment:

Anonymous said...

Então e para quando um texto dedicado a trechos mais singelos, como por exemplo Jose Cid, e seu ultimo disco, ou - porque não! - Nel Monteiro. Ou aquele - de que não me lembra o nome agora - que não sabemos se é "um português no Brasil" ou se já é "um brasileiro que as vezes vem a Portugal"?